Respire fundo: vem aí o Dia Internacional do Ar Limpo
O ar é essencial para a sobrevivência humana, uma vez que cada pessoa inala em média por dia 14 kg. No entanto, a poluição atmosférica continua a ser um desafio global.
A qualidade do ar é determinada pela concentração de poluentes e pelas condições meteorológicas, que influenciam as interações na atmosfera. Mesmo com a redução das emissões de poluentes nas últimas décadas, algumas regiões de Portugal ainda enfrentam problemas significativos de qualidade do ar.
A fim de aumentar a conscientização para este tema e promover ações positivas, foi instituído o Dia Internacional do Ar Limpo Para um Céu Azul, celebrado anualmente no dia 7 de setembro, amanhã. É necessário ter em atenção que os elevados níveis de poluição do ar são, muitas vezes, associados a uma série de graves problemas de saúde, como é o caso de doenças respiratórias (asma, bronquite e enfisema pulmonar), bem como doenças cardiovasculares (enfarte do miocárdio e AVC). Além disso, a má qualidade do ar pode causar problemas de fertilidade e está associada a condições como cancro do pulmão, Alzheimer e demência, podendo até levar à morte prematura e a uma significativa diminuição da qualidade de vida.
Em Portugal, e segundo um relatório publicado pela Agência Europeia do Ambiente, Faro é a terceira cidade europeia com uma qualidade de ar bastante boa, apresentando 3.6 microgramas de partículas por metro cúbico. Funchal ocupa o oitavo lugar da tabela e Lisboa a 38.ª posição, numa lista de 372 cidades.
A atmosfera terrestre é composta por diversas camadas como a troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera, ionosfera e exosfera, a atmosfera é formada por uma mistura de gases, principalmente azoto (78%) e oxigénio (21%), além de outros gases como árgon, vapor de água e dióxido de carbono.
Para enfrentar este desafio, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é responsável pela promoção e implementação de políticas de avaliação e gestão da qualidade do ar. O regime que regula essa avaliação é definido pelo Decreto-Lei n.º 102/2010, que visa a proteção da saúde pública e a qualidade de vida das populações.
Em 2019, a campanha ‘Por um País com Bom Ar’ foi lançada para disseminar informações e incentivar ações individuais que contribuam para a melhoria da qualidade do ar, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas:
- Usar transportes coletivos ou veículos de baixas emissões;
- Fazer as pequenas deslocações a pé ou de bicicleta;
- Efetuar as revisões periódicas do veículo e manter os pneus calibrados, diminui a emissão dos poluentes e poupa dinheiro;
- Limitar o uso do automóvel ao estritamente necessário;
- Abastecer o veículo fora das horas de maior calor;
- Moderar a utilização do ar condicionado no veículo;
- Apostar na mobilidade partilhada;
- Fazer uma condução eficiente (arrancar suavemente; reduzir a velocidade, utilizar o travão do motor, evitar acelerações e travagens bruscas)
A avaliação contínua da qualidade do ar é essencial para implementar medidas de gestão eficazes e garantir um ambiente mais saudável para todos. A APA continua a trabalhar para cumprir as obrigações europeias e internacionais, com o objetivo de assegurar que todos possam respirar um ar de qualidade.
A Comunidade Intermunicipal do Oeste tem a Ação climática e descarbonização como um dos cinco objetivos estratégicos, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.