O futuro já começou. Estaremos preparados?
A Região Oeste está a consolidar-se cada vez mais como uma Smart Region, empenhada em integrar as mais recentes inovações tecnológicas para impulsionar o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos. Nesse contexto, o recente relatório ‘Top 10 Emerging Technologies of 2024’, publicado pelo World Economic Forum a 25 de junho de 2024, revela-se uma fonte crucial de orientação para as estratégias de inovação da região.
O relatório do Fórum Económico Mundial destaca as 10 principais tecnologias emergentes de 2024, com potencial para transformar indústrias, economias e estruturas sociais a nível global. Estas tecnologias, que vão desde a Inteligência Artificial (IA) para descobertas científicas até soluções inovadoras para a sustentabilidade ambiental, oferecem oportunidades e desafios que a Região Oeste deverá enfrentar.
Entre as tecnologias mencionadas, a IA para descobertas científicas é destacada como uma ferramenta revolucionária, capaz de acelerar o progresso em áreas como o diagnóstico de doenças, a criação de novos materiais e o aprofundamento do conhecimento sobre o cérebro humano. A Região Oeste, comprometida com o avanço científico e tecnológico, vê nesta tecnologia uma oportunidade para fortalecer as suas iniciativas em saúde, educação e inovação ambiental.
Além da Inteligência Artificial, outras nove tecnologias são consideradas emergentes de 2024:
- Inteligência Artificial para Descobertas Científicas
- Tecnologias de Melhoria da Privacidade
- Superfícies Inteligentes Reconfiguráveis
- Estações de Plataformas de Alta Altitude
- Sensorização e Comunicação Integrados
- Tecnologia Imersiva para o Mundo Construído
- Elastocalóricos
- Micróbios Capturadores de Carbono
- Alimentos Alternativos para Gado
- Genómica para Transplantes
Estas tecnologias têm o potencial de transformar indústrias, melhorar a conectividade e proporcionar soluções inovadoras para desafios globais, como a sustentabilidade ambiental e a saúde humana.
Estas tecnologias emergentes representam oportunidades significativas para a Região Oeste, que está empenhada em aproveitar estas inovações para impulsionar o crescimento económico, reduzir desigualdades e promover a sustentabilidade. Ao integrar estas tecnologias nas suas políticas e projetos, a Região Oeste posiciona-se na vanguarda da transformação digital, reforçando a sua visão de se consolidar como uma Smart Region de referência.
Tecnologias emergentes de 2024: Inteligência Artificial revoluciona as descobertas científicas
No cenário de 2024, a Inteligência Artificial (IA) destaca-se como uma das tecnologias emergentes mais promissoras, especialmente no campo das descobertas científicas. Com avanços notáveis em áreas como deep learning e IA generativa, os cientistas estão a superar barreiras anteriormente intransponíveis, acelerando o ritmo das descobertas em múltiplos domínios.
Nos últimos anos, a aplicação da IA nas ciências transformou-se radicalmente. Projetos pioneiros, como o AlphaFold da DeepMind, que prevê com precisão as estruturas 3D de proteínas, e a descoberta de novos antibióticos, exemplificam o potencial desta tecnologia. Estes avanços não só impulsionam a ciência, mas também abrem caminho para uma revolução científica, onde a IA desempenha um papel central.
A IA já era utilizada na investigação, mas as novas capacidades, especialmente no deep learning e na IA generativa, estão a redefinir o campo. Agora, grandes modelos de linguagem ajudam os cientistas a explorar vastas quantidades de literatura, enquanto chatbots de IA colaboram na formulação de novas hipóteses. Além disso, a IA está a permitir a análise de dados em escala sem precedentes, promovendo descobertas antes inimagináveis.
As áreas que mais beneficiarão desta revolução incluem o diagnóstico e tratamento de doenças, o desenvolvimento de novos materiais para tecnologias verdes, avanços nas ciências da vida, e uma melhor compreensão do cérebro humano. A previsão é que a IA transforme integralmente o processo de descoberta científica nos próximos anos, permitindo conexões e inferências que superam as capacidades humanas.
Contudo, esta evolução traz consigo desafios significativos. As questões éticas, como a privacidade, autonomia e identidade, e as possíveis disrupções sociais geradas por estas tecnologias, estão no centro das preocupações. O impacto ambiental, devido ao elevado consumo de energia e à extração de recursos para sustentar o crescimento da IA, também é uma questão a ser cuidadosamente gerida.
Para enfrentar estes desafios, é essencial uma investigação contínua que aborde preconceitos nos conjuntos de dados, melhore a fiabilidade dos conteúdos gerados por modelos e assegure o uso ético dos dados. A proteção da privacidade dos sujeitos de investigação e a gestão dos direitos de propriedade intelectual sobre os conteúdos gerados pela IA são igualmente cruciais para garantir um ambiente colaborativo e sustentável.
Liderança global na inovação
No período entre 2021 e 2023, os Estados Unidos lideraram tanto no financiamento empresarial quanto académico destinado à descoberta científica em IA. O país investiu 74,1 mil milhões de dólares em financiamento empresarial e 3,6 mil milhões em subsídios académicos. Outros países, como China, Índia, Reino Unido e Alemanha, também se destacam em financiamento empresarial, enquanto Canadá, Japão e Noruega mostram força no setor académico.
Indústrias em destaque
As indústrias mais beneficiadas pelo financiamento em IA para descoberta científica incluem a internet, com 66,5 mil milhões de dólares, seguida por software (24,1 mil milhões), cuidados de saúde (10,3 mil milhões), hardware de computadores (4,3 mil milhões) e indústria (4,2 mil milhões). Estes setores estão na vanguarda da inovação, impulsionados pelas capacidades transformadoras da IA.
A revolução científica impulsionada pela IA está apenas a começar, e as possibilidades futuras são vastas e promissoras. No entanto, será fundamental equilibrar os avanços tecnológicos com uma abordagem ética e sustentável para garantir que os benefícios sejam amplamente partilhados.