Como as plataformas de grande altitude podem transformar a conectividade no Oeste
A Comunidade Intermunicipal do Oeste continua a acompanhar as principais inovações tecnológicas que moldarão o futuro. Entre as 10 tecnologias emergentes de 2024 estão as Estações de Plataformas de Grande Altitude (HAPS). Estas plataformas prometem transformar a conectividade, especialmente em regiões remotas e de difícil acesso.
As HAPS operam na estratosfera, a cerca de 20 quilómetros acima da Terra, utilizando balões, dirigíveis ou aeronaves de asa fixa como plataformas estáveis para observação e comunicação. Graças a avanços em painéis solares, baterias com maior densidade de energia, materiais compósitos leves e tecnologias de antenas, as HAPS podem operar durante meses e oferecem uma solução viável para o futuro próximo.
Estas plataformas podem fornecer conectividade, cobertura e desempenho que nem os satélites nem as torres terrestres conseguem igualar, particularmente em áreas com terrenos desafiantes como montanhas, florestas tropicais ou desertos. No Oeste, onde a diversidade geográfica é significativa, as HAPS podem representar uma oportunidade única para melhorar a infraestrutura de comunicação, especialmente em zonas rurais e menos desenvolvidas.
O acesso à internet é crucial para o desenvolvimento económico e social, oferecendo novas oportunidades na educação, saúde e economia. No entanto, a União Internacional das Telecomunicações (UIT) revela que cerca de um terço da população mundial ainda está offline, com as mulheres e os idosos a serem desproporcionalmente afetados. A OesteCIM reconhece que as HAPS podem desempenhar um papel vital na redução da divisão digital, melhorando a conectividade para comunidades que têm sido mal servidas pelas infraestruturas tradicionais.
Além de melhorar o acesso à internet, as HAPS são altamente adaptáveis e podem ser usadas em várias aplicações críticas, como gestão de desastres, monitorização ambiental e ampliação da cobertura de banda larga. A capacidade destas plataformas de serem rapidamente implantadas e adaptadas a condições em mudança pode torná-las uma ferramenta essencial em emergências, onde uma comunicação rápida pode salvar vidas.
Os avanços tecnológicos, impulsionados por líderes da engenharia aeroespacial como Airbus, Thales e Boeing, tornaram as HAPS economicamente viáveis para implementação comercial. Com um mercado avaliado em 700 milhões de euros em 2023 e uma projeção de crescimento anual de 10,4% até 2033, o futuro das HAPS parece promissor.