Tecnologia imersiva revoluciona a construção
Em 2024, a tecnologia imersiva está prestes a provocar uma verdadeira revolução na indústria da construção, um setor crucial responsável por 40% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2). Esta inovação, que utiliza ferramentas de realidade aumentada e virtual, liga o mundo físico ao digital, permitindo que designers e profissionais da construção verifiquem a compatibilidade entre elementos físicos e digitais dos projetos, antecipem desafios, testem hipóteses e identifiquem potenciais erros antes do início da construção. Este avanço promete melhorar a eficiência e reduzir o desperdício.
Entre as inovações mais significativas destacam-se os ‘gémeos digitais’, que simulam o desempenho de projetos complexos e ajudam a otimizar a infraestrutura. Com a adoção desta tecnologia, o processo de construção será mais ágil, desde o design até a execução, promovendo uma maior sustentabilidade e eficiência.
No entanto, esta indústria ainda enfrenta desafios significativos, como a escassez de mão de obra qualificada e a necessidade de novas competências. A tecnologia imersiva pode ajudar a superar estas dificuldades, oferecendo ambientes de aprendizagem e treino virtual acessíveis a profissionais em qualquer lugar.
Além disso, a tecnologia imersiva possibilita inspeções remotas, o que reduz o tempo gasto em deslocações e permite a realocação desse tempo para atividades mais críticas.
Entre os próximos avanços esperados, destaca-se a integração da inteligência artificial generativa. Esta tecnologia permitirá transformar diretamente comandos textuais em modelos tridimensionais detalhados, incluindo especificações de construção e informações de segurança. Esta inovação pode mudar a forma como concebemos e implementamos projetos, tornando algumas funções técnicas tradicionais obsoletas e criando novas necessidades de formação e requalificação.
De acordo com o relatório do Fórum Económico Mundial, os maiores investimentos em tecnologia imersiva para o mundo edificado, entre 2021 e 2023, foram realizados pelos Estados Unidos, China e Canadá. Estes investimentos sublinham a crescente importância desta tecnologia e o seu impacto global na construção.